quarta-feira, 5 de março de 2008

E agora, São Luiz?

Recife não supera seu complexo de caranguejo e continua andando sempre pro lado: a AESO acaba de anunciar que desistiu do São Luiz. Palmas para província.

Achei a matéria do Jornal do Commercio, assinada por Tatiana Notaro, muito boa, bem completa e naturalmente bem triste também. Relevei questões de pontuação, porque sinceramente isso seria a última coisa que iria me importar. Alguns trechos:

"Quando foram montados andaimes e as pinturas e reparos de infiltrações foram iniciadas, mais problemas. “Começamos a pintura do teto e descobrimos que ele estava todo coberto por uma gordura, provavelmente ocasionada pelas pipoqueiras e pela poluição das duas vias movimentadas, próximas ao cinema (a Avenida Conde da Boa Vista e a Rua da Aurora). Tivemos que lavar tudo com detergente antes de iniciar o trabalho”, explicou Ivânia. Por isso, a reforma de 60 dias, precisaria de mais 45 para ser concluída, nisto, somado mais 70% de aumento no custo do serviço, segundo dados do Grupo Barros Melo".

[...]

"Em novembro, o letreiro original do cinema, feito de latão, foi roubado. “Outro letreiro já foi comprado, mas ninguém entende o motivo do furto. O original tinha valor histórico, sentimental”, disse a gerente do projeto, Melina Hickson. Um ofício solicitando segurança para o local foi encaminhado à Polícia Militar, mas não houve resposta. Esta semana, vândalos quebraram vidros. Não fosse bastante, os moradores do edifício Duarte Coelho jogam lixo no teto do cinema, o que requer limpeza duas vezes por semana. Entre os serviços concluídos estão o restauro dos banheiros e do painel pintado por Lula Cardoso Ayres, além da impermeabilização e recuperação do telhado, restauro de todo o mármore do piso e colunas e o conserto das infiltrações".

[...]

"Por várias vezes tentamos agendar reuniões com o Grupo Severiano Ribeiro, mas não fomos atendidos”, disse a diretora de planejamento da Aeso, Isabela Barros. Em 29 de janeiro de 2008, o Grupo Barros Melo enviou uma carta aos proprietários, informando o andamento e os problemas com as obras. Segundo Ivânia, a carta não teve resposta. Procurado, o Grupo Severiano Ribeiro informou por meio de assessoria de imprensa “que foi notificado do cancelamento do contrato e que está analisando a situação”. Pela quebra do contrato, a Aeso pode pagar multa de R$ 45 mil, referente à três meses de aluguel do espaço, conforme consta no contrato."

Putz... o cara está em São Paulo de boa, resolve ler o jornal só pra ter leves lembranças da terrinha e termina a leitura puto da vida. É pra eu aprender.

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