sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Ciclo de Filmes - Dissenso


Pessoal,

É o seguinte: eu e mais um grupo de amigos, começamos a realizar reuniões semanais, às sextas-feiras pela manhã no auditório do PPGCOM, no intuito de repensar o gerenciamento do blog que apresentei como conclusão de curso no início do ano. Daí, se por um lado resolvemos optar por publicações trimestrais ao invés de atualizações arbitrárias; por outro, estabelecemos que, a cada reunião, um de nós levaria um filme, um tanto obscuro e sempre surpresa, para ser exibido. A única premissa compartilhada internamente no grupo era a de que as obras escolhidas não fossem facilmente encontradas em qualquer prateleira de locadora e, de preferência, que não tivessem comercialização oficial no país. Assim sendo, quase todos os filmes foram baixados na internet e projetados numa tela através de um datashow. Terminou que, em oito semanas, ficamos tão satisfeitos com as discussões e com a curadoria colaborativa, que resolvemos mudar de espaço e horário para melhorar as condições técnicas de som e imagem, quebrar a linha maçônica da exibição e torná-la totalmente pública. E é justamente por isso que comecei a escrever esse recado.

Daremos início ao segundo ciclo de exibições a partir da próxima terça feira (02 de setembro), no Mini-auditório 1, por volta das 17 horas. Todos estão convidados. Marquem este dia e horário na agenda, no Orkut, no celular, pois pretendemos ficar com ele até o final do semestre. E como já virou tradição, o filme é surpresa. Mas só para todos terem uma noção prévia de como ficou a curadoria do primeiro ciclo, as obras exibidas anteriormente foram: Bang Bang (Brasil, 1971), de Andrea Tonacci; Mal dos Trópicos (Tailândia, 2004), de Apichatpong Weerasethakul; tivemos uma sessão dupla com o curta O Homem Perfeito (Dinamarca, 1967), de Jørgen Leth seguido de As Cinco Obstruções (Dinamarca, 2003), de Jørgen Leth e Lars Von Trier; Você Não Está Sozinho (Dinamarca, 1978), de Ernst Johansen e Lasse Nielsen; Lodger (Inglaterra, 1926), de Alfred Hitchcock; Inverno de Sangue em Veneza (Inglaterra / Itália, 1973), de Nicolas Roeg; Millennium Mambo (Taiwan, 2001), de Hou Hsiao-hsien e Sukiyaki Western Django (Japão, 2007), de Takashi Miike. Por fim, gostaríamos de agradecer todo apoio dado inicialmente pelo PPGCOM (em especial toda disposição matinal de Zé da secretaria) e também o apoio dado pelas professoras Ângela Prysthon e Maria do Carmo Nino.

Compareçam.

Abraços,

Rodrigo Almeida


SERVIÇO:
Filme Surpresa
Segundo Ciclo de Filmes
A partir de terça Feira, 02 de setembro (sempre às 17:00)
Miniauditório 1* / CAC / UFPE

* O Miniauditório 1 fica no térreo do Centro de Artes de Comunicação (CAC). Ao entrarem no Centro e irem em direção à lanchonete, vocês pegam a primeira à direita, onde tem uma lojinha de livros, e já é nesse corredor estranho (do lado esquerdo).

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Movimento de Libertação do Sudão

Aí eu acordo, tomo meu lambedor, fico curtindo minha tosse e então resolvo ir pro computador ler alguns jornais. O JC estava sem emoção, o Pernambuco.com também. Depois, por um acaso, eu vi no G1 que um avião sudanês tinha sido sequestrado, quase pousado no Egito, pousou na Líbia e os sequestradores estavam exigindo alimentos e combustível para seguirem para a França. Esse é o tipo de matéria que fico louco acompanhando minuto a minuto. Obviamente entrei no site da Al Jazeera, só que achei muito sem graça quando abri a matéria e vi que o G1 praticamente só tinha traduzido o mesmo material. Sem dar os créditos, o que é bem típico. Então fui pelo outro lado e entrei na CNN em busca de imagens e não achei nem manchete. Só Hillary. Na BBC, a mesma coisa. E então apelo pro Le Monde, afinal Hillary Hillary, mas algum francês jornalista devia estar com o cu na mão e o sensacionalismo na cabeça. Daí tem uma matéria dizendo que os passageiros foram libertados, que só ficaram os tripulantes, que não se sabe se as exigências foram atendidas, que na Líbia não devemos confiar e que a rota do avião definida pelos sequestradores era Paris.

Isso sim que é emoção matinal.

domingo, 24 de agosto de 2008

Bigode

É incrível como um simples bigode pode causar tanta comoção popular, ou melhor e para fugir da hipérbole, é incrível como um simples bigode pode receber tantos comentários distintos que terminam por dizer mais das referências e do imaginário de quem fala ao olhar pra você, do que propriamente de quem está com os pêlos no rosto. Entre os desconhecidos ou semi-conhecidos, ou como quiser chamá-los, a primeira reação notável veio das mulheres coroas que passaram a me encarar na rua e dos homens mais velhos, junto com os porteiros daqui do prédio, que estão me respeitando mais. O porteiro que tinha um cavanhaque cretino virou meu brother. Enquanto isso, boa parte dos rapazes sem ombros e das moças alugadas de minha idade, ou mais jovens e sem pêlos na virilha, fazem piadinhas sem gracinha, acham estranho, feio, riem. Não vou falar da classe dos homens que nunca poderão ter bigodes pra não ofender. Só queria dizer também que absolutamente todos os meus amigos olharam primeiro para o meu bigode, soltaram algum comentário espôntaneo e só depois olharam pra mim, olho no olho. Tem algo de sedutor nisso. Em três semanas, escutei todo tipo de coisa:

- Tu tás detestavelmente cafuçu, Rodrigo. Tira isso.

- Ei do bigodinho, tua cópia ta pronta.

- Tás parecido com o Chico Buarque quando ele era malandro. :D~

- Tu ta imitando o Giba é?

- Tu tás o protótipo do canalhinha, sabia? Daqueles 'cafa' de beira de bar que só espera a mulher ficar bêbada pra chegar na mesa. Com essa boca de puta que tu tem então... Mas vê, bora fazer um clipe da música do Bezerra da Silva? Do canalha, tu topas? Pronto, fechou. Peludo, tu podia trazer outra cerveja e um copo pro rapaz?

- Tás parecendo muito um 'personagem' histórico. Tipo assim, Castro Alves. Quer dizer, Castro Alves, não. Joaquim Nabuco. É... acho que é.

- Oxe, se eu fosse tu, eu deixava estilo texano. Tipo Michael Phelps.

- Afff... que cara de ator de pornochanchada, Deus sagrado. Me dá um cigarro aí, vai.

- Tás a cara do Fred Mercury, alguém já te disse isso né?

- Eita, tás parecendo sabe o que? Hmmm (meia hora depois) lembrei, tás parecendo um personagem de filme de máfia. Um mafioso daqueles filmes antigos.

- Ai Meu Deus, tu tás igual ao meu pai. (meia hora depois) Puta que pariu, tu ta se comportando igual ao meu pai.

Esqueci um monte de outros comentários agora, mas quando eu for lembrando (e ouvindo novos), vou postando gradativamente. Pelo menos, depois de uns 5 dias de bigode e seriamente tentado a voltar pra minha vida normal, li na folhateen da Folha de São Paulo, que o bigode está na moda e resolvi aderir de vez. E agora é a hora que eu faço cara de cafajeste e mando um beijo pra galera. Saiu até no rodapé da matéria 15 modelos famosos - como do nosso querido Chaplin - no intuito de inspirar a variação de estilo da garotada. Esse cara daqui também leu e olha só o que ele comentou: "Li hoje na Folha Teen que tem uma rapaziada 'indie' em São Paulo que resolveu aderir bigode ao visual. A matéria diz que a inspiração vem dos ano 70 e que a volta desta tendência deve-se aos desfiles primavera-verão com clima latino que aconteceram no Brasil e no mundo. Os adeptos que foram entrevistados dizem que o bigode vem reforçar o estilo e fazer uma variação do visual e que ouvem dos amigos manifestos contrários quando cogitam a possibilidade de tirá-lo. O ator Johnny Depp em 'Piratas do Caribe' foi fonte de inspiração para um dos rapazes que deu entrevista". Pois é, acho que já entrei no personagem ideal pro Coquetel Molotov desse ano. E olha que eu estava pensando seriamente em ir de Indiana Jones. Ainda bem que descobri o bigode a tempo: apesar da aventura, que coisa mais fora de moda que seria.

Por essa lista de bigodes, acho que o meu se encaixa entre o do Ringo Star, o do Zorro e o do Gandhi tendendo para algo entre o Santana e o Frank Zappa. Confiram uma foto pra ver se não estou correto. Ok, depois faço um post do bigode só com fotos minhas de verdade. :P

domingo, 17 de agosto de 2008

Diálogo Pós-post

- Poxa, Rodrigo, achei aquele teu último texto malvado demais.

- E foi?

- Foi. Por que tu não apaga ele e coloca no lugar um texto bem bonito na linha "Michael Phelps: O fenômeno das piscinas" ou "Michael Phelps: O mundo te pertence"?

- Err... não, obrigado. A Globo já fez isso...

É uma pena...

...nem vai ter mais a Jader Barbosa de colan correndo, pulando, caindo de bunda e chorando. Tão bonitinha, meu Deus. Soube que ela deu uma entrevista, onde uns jornalistas perguntaram se o nervosismo tinha atrapalhado a performance, e ela respondeu dizendo que a partir dali teria um melhor controle emocional. E chorou. Na verdade, já estava chorando. Que nada, Jader, só te digo uma coisa: você pode até não ser muito boa na ginástica, mas a carinha que você faz quando cai de bumbum no chão, segurando o choro até não aguentar mais e chorar pra caralho, me emociona sempre. Seus olhos tristes são uma beleza. Tô contigo e não abro, garota.

Se tem uma coisa que eu gosto nas olimpíadas são os perdedores e todo discurso do 'estar aqui já é uma vitória'; 'ser o décimo oitavo de dezoito competidores já é uma vitória'; 'estar na classificação geral atrás da Eslováquia, Eslovênia, Jamaica, Nova Zelândia, Coréia do Norte, Etiópia, Zimbábue, Geórgia e Mongólia já é uma vitória".

O Brasil é campeão, fera.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Piada pronta

Como assim George Lucas nasceu numa cidade chamada 'Modesto'?

domingo, 10 de agosto de 2008

Nulo / Branco

Como um bom alienado por opção (ou falta de opção), já estava preparado pra não assistir televisão nas horas erradas (exceto pelos debates), e como era de se esperar, já estou detestando a campanha eleitoral na internet. É candidato querendo ser amigo no orkut, scrap de apoio, você nega, apaga e aparece de novo, e de novo. Pra piorar é spam enchendo a caixa de e-mail, corrente do partido A, B e C, amigos trabalhando pra um, pro outro, outros ainda colocando suas fotos com o número de seus candidatos. Putz, é a explosão da propaganda eleitoral por todos os lados e uma reconfiguração espacial do cabo/prego eleitoral. E só pra constar, Raul Henry, meu querido, eu não quero ser seu amigo no Myspace, ok? Não quero. Favor, pedir pra sua megaequipe não mandar mais convites inoportunos. Obrigado.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

bomba-relógio

Acho que o meu computador entrou em contagem regressiva.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Entreato, de René Clair (1924)

Título Original: Entr'acte. Duração: 22 minutos. País / Ano: França, 1924 (segundo o imdb) Elenco: Jean Börlin, Inge Frïss, Francis Picabia, Marcel Duchamp e Man Ray. Fotografia: Jimmy Berliet Roteiro: Francis Picabia /René Clair Direção: René Clair

Parte 1




Parte 2